quinta-feira, 9 de maio de 2024

ATOS DOS APÓSTOLOS (4:15-22)

Pedro e João desafiam as autoridades

15 ¶ E, mandando-os sair do Sinédrio, consultavam entre si, 16  dizendo: Que faremos com estes homens? Pois, na verdade, é manifesto a todos os habitantes de Jerusalém que um sinal notório foi feito por eles, e não o podemos negar; 17  mas, para que não haja maior divulgação entre o povo, ameacemo-los para não mais falarem neste nome a quem quer que seja. 18  Chamando-os, ordenaram-lhes que absolutamente não falassem, nem ensinassem em o nome de Jesus. 19  Mas Pedro e João lhes responderam: Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus; 20  pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos. 21  Depois, ameaçando-os mais ainda, os soltaram, não tendo achado como os castigar, por causa do povo, porque todos glorificavam a Deus pelo que acontecera. 22  Ora, tinha mais de quarenta anos aquele em quem se operara essa cura milagrosa.

O Sinédrio, um conselho judaico importante na época (Atos 5:27), enfrenta um dilema diante dos apóstolos. Eles reconhecem que um milagre notório foi realizado pelos apóstolos (Atos 4:16), tornando-se evidente para toda a população de Jerusalém. Mas mesmo diante de um notório milagre, não enxergaram a graça de Deus (João 9:39-41), ficaram presos em suas raízes tradicionais religiosas, e com medo de divulgarem cada vez mais o nome de Jesus, proibiram e ameaçaram os apóstolos a não falarem e nem ensinarem em nome de Jesus Cristo (Atos 4:18). Percebam o desafio enorme que os primeiros cristãos tinham em divulgar o evangelho, mesmo com testemunhos de milagres notórios como esse não foi o suficiente para tirar da cegueira espiritual homens que se diziam e se comportavam como perfeitos religiosos (2 Coríntios 4:4).

Apesar das ameaças, corajosamente, Pedro e João os enfrentam e os questionam se era justo obedecê-los, dar ouvidos a homens, ou se era justo obedecer a Deus, aquele que protagonizou o milagre notório (Atos 4:19-20). E sem uma causa justa e desta vez sem o apoio popular, não acharam nada que pudessem imputá-los para castigar, e sob ameaças, soltaram Pedro e João (Atos 4:21).

Também podemos encontrar desafios ao proclamar o evangelho, não encontraremos oposição enquanto não falarmos de Jesus para as pessoas, mas quando falamos, aí sim, encontraremos resistência (2 Timóteo 3:12). Seja no trabalho, seja na escola ou em qualquer outra área de nossa vida, é importante permanecer firmes na fé, firmes na verdade que está em Cristo Jesus (Efésios 6:13), e não desanimar quando oposições aparecerem para nos ridicularizar e em casos mais graves, nos perseguir (Mateus 5:11-12):

Romanos 1:16 - "Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê..."

2 Timóteo 1:7-8 - "Porque Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio. Portanto, não se envergonhe de dar testemunho de nosso Senhor..."

Pedro e João mostraram que a obediência a Deus deve prevalecer sobre qualquer autoridade humana (Atos 5:29). Mesmo diante de ameaças, eles permaneceram fiéis ao chamado divino (Atos 4:19-20). Devemos obedecer a Deus em todas as áreas de nossa vida (Deuteronômio 13:4), mesmo que isso signifique enfrentar críticas ou perseguições por nossa fé (2 Timóteo 3:12):

Atos 5:29 - "Pedro e os outros apóstolos responderam: 'É preciso obedecer antes a Deus do que aos homens!'"

Mateus 10:28 - "Não tenham medo dos que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Antes, tenham medo daquele que pode destruir tanto a alma como o corpo no inferno."

Mesmo diante da perseguição, Deus protegeu Pedro e João e impediu que fossem punidos (Atos 4:21). Podemos ver isso acontecer em vários outros episódios em que, apesar de estarem presos, Deus enviou anjos (Atos 12:7) ou manifestações milagrosas como terremotos para libertá-los (Atos 16:26). Deus é fiel (1 Coríntios 1:9) e vai defender aqueles que são leais a Ele (2 Crônicas 16:9). Podemos confiar na proteção de Deus enquanto vivemos nossa fé (Salmos 91:2), sabendo que Ele está conosco em todas as circunstâncias (Mateus 28:20).

Salmo 46:1 - "Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na hora da angústia."

2 Tessalonicenses 3:3 - "Mas o Senhor é fiel; ele os fortalecerá e os guardará do Maligno."

Esses princípios nos incentivam a perseverar na fé (Hebreus 10:23), a obedecer a Deus acima de qualquer autoridade humana (Atos 5:29) e a confiar na Sua proteção em todas as situações (Salmos 91:2).

Podemos até pensar: “ah como pode dizer que Deus nos protege se vimos claramente Cristão sendo presos, martirizados, maltratados, perseguidos (Atos 8:1). Mas todas essas coisas também são bíblicas, fomos alertados quanto a esse tipo de perseguição (João 15:20), o evangelho não causa ordem ao mundo, pelo contrário, causa caos, causa desconforto ao pecado (Mateus 10:34-36), o inimigo vai lutar ferozmente para manter as pessoas longe da luz, longe da verdade (1 Pedro 5:8).

Versos como “o socorro bem presente na hora da angústia” (Salmos 46:1) já nos dá a dica de que haverá angústia para haver socorro, ou como aquela outra passagem que Davi diz “mil cairão ao seu lado e 10 mil à minha direita, mas eu não serei atingido” (Salmos 91:7), ele está em meio à guerra nessa situação, ou “Ele me ajuda a atravessar o vale da morte” (Salmos 23:4) significa que estará em uma situação terrível, seja de saúde, acidente, enfim, Jesus já nos disse para “termos bom ânimo, pois no mundo teremos aflições, mas Ele já venceu o mundo” (João 16:33). Deem graças o tempo todo, assim como Paulo e Silas mesmo presos fizeram, oravam e cantavam a Deus e o resgate veio (Atos 16:25-26). Nem mesmo o Filho de Deus foi poupado pelo nosso pecado, e foi morte, mas a morte dEle nos livrou da ira e da segunda morte (Romanos 5:9; Apocalipse 2:11), logo, assim como Paulo acreditava, a sua morte aqui era lucro (Filipenses 1:21), pois sabia que já tinha cumprido a sua missão como cristão (2 Timóteo 4:7) e que enfim receberia a recompensa da vida eterna que é entregue à aqueles que têm fé em Jesus (Mateus 25:46).

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