sábado, 11 de outubro de 2025

Efésios 1:1-14 — Uma aula bíblica sobre eleição, predestinação e salvação

A carta aos efésios foi escrita por Paulo enquanto estava preso. Mesmo nessa condição, sua maior preocupação não era consigo, mas com a igreja em Éfeso, que se mostrava aflita quanto ao futuro diante da situação do apóstolo. Por isso, Paulo escreve para fortalecê-los na fé e lembrá-los de que tudo estava dentro do plano de Deus. Ele destaca que suas tribulações não eram motivo de desânimo, mas sim de glória, pois faziam parte da obra de Cristo entre os gentios.

“Portanto, vos peço que não desfaleçais nas minhas tribulações por vós, pois nisso está a vossa glória.” (Efésios 3:13, RA)

Assim, a carta não apenas traz consolo, mas também revela verdades profundas sobre a unidade da igreja em Cristo, a nova vida no Espírito e a grandeza das bênçãos espirituais que temos n’Ele.

 

“1 ¶ Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, aos santos que vivem em Éfeso, e fiéis em Cristo Jesus, 2  graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.

PREDESTINAÇÃO

Na saudação inicial, o apóstolo Paulo deixa claro que é “apóstolo por vontade de Deus”. Ele reconhece a soberania divina em sua chamada e ministério, sabendo por experiência própria que, se não fosse a intervenção de Deus, ainda seria Saulo, perseguidor da Igreja (Atos 9:1-6).

Esse reconhecimento aponta para a doutrina bíblica da predestinação, que, embora muitas vezes considerada polêmica, é afirmada tanto por Paulo quanto por Pedro. Paulo ensina que fomos escolhidos em Cristo antes da fundação do mundo (Efésios 1:4-5; Romanos 8:29-30), e Pedro também escreve sobre os eleitos “segundo a presciência de Deus Pai” (1 Pedro 1:1-2).

A doutrina da predestinação é sim muito polêmica no meio cristão, mas ela é bíblica e apóstolos como Pedro e o próprio Paulo acreditavam e pregavam sobre isso (Efésios 1:4-5; Romanos 8:29-30; 1 Pedro 1:1-2). Não somente Pedro e Paulo, mas o próprio Jesus Cristo também ensinou sobre a escolha soberana de Deus (João 6:44; João 15:16; Mateus 11:27), e essa doutrina atravessa toda a Escritura, desde o Antigo Testamento até Apocalipse (Deuteronômio 7:7-8; Jeremias 1:5; Malaquias 1:2-3; Tiago 1:18; 2 João 1:1; Apocalipse 17:14).

Assim, a própria vida de Paulo é testemunho da graça soberana de Deus, que transforma um inimigo da fé em um apóstolo de Cristo, mostrando que a escolha e o chamado pertencem exclusivamente ao Senhor (Gálatas 1:15-16; 1 Coríntios 1:1).

SANTOS

Paulo estava nesse momento já preso e envia uma carta aos santos que vivem em Éfeso. A palavra “santos”, assim como em várias outras passagens bíblicas, refere-se àqueles que foram santificados em Cristo Jesus (1 Coríntios 1:2). Ser santo significa ser separado, consagrado para Deus. Todo aquele que pertence a Cristo é separado do mundo (João 15:19).

Não por acaso, a Bíblia nos ensina que em Cristo somos novas criaturas (2 Coríntios 5:17), chamados a nos revestir do novo homem (Efésios 4:24), cobrindo nossa antiga nudez com a justiça de Deus. Além disso, somos instruídos a buscar a santificação constantemente (Hebreus 12:14), ou seja, a nos aperfeiçoar na justiça e no caminho que Deus nos mostra, para que nos tornemos cada vez mais semelhantes a seu Filho Jesus Cristo (Romanos 8:29).

Logo, ser santo é todo aquele temente a Deus, todo aquele que foi salvo mediante a fé em Jesus Cristo (Efésios 2:8). Não se trata apenas daqueles que foram canonizados pela Igreja Católica, mas sim de todo aquele que está separado por Deus e para Deus. Todos os que foram predestinados para a salvação (Efésios 1:4-5) são santos, chamados e escolhidos por Ele, separados para viver em comunhão com o Senhor.

 

3 ¶ Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo,

BENDITO

O termo “bendito” é usado exclusivamente para Deus no Novo Testamento (Romanos 1:25; 2 Coríntios 1:3; 1 Pedro 1:3), para destacar que Ele é a fonte de todas as bênçãos e digno de ser adorado. Trata-se de um louvor, um reconhecimento de que somente Ele é a origem de toda dádiva.

Contudo, isso não significa que apenas o Pai recebe adoração. Deus é trino: Pai, Filho e Espírito Santo, compartilhando a mesma natureza divina. Assim:

  • O Pai é o autor do plano eterno de eleição e bênção (Efésios 1:4-5).
  • O Filho executa a redenção por meio de sua morte e ressurreição (Efésios 1:7).
  • O Espírito Santo aplica essas bênçãos aos crentes, sendo o selo da promessa (Efésios 1:13-14).

Em termos de adoração, o Pai, o Filho e o Espírito recebem a mesma glória, pois compartilham a mesma essência divina (João 10:30; João 5:23). No céu, a visão é clara: o mesmo louvor é dirigido tanto ao Pai quanto ao Cordeiro:

“Ao que está sentado no trono e ao Cordeiro seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos” (Apocalipse 5:13).

Logo, reconhecer Deus como bendito é render-Lhe louvor com entendimento. Ao adorarmos o Pai, o Filho e o Espírito, adoramos o único Deus verdadeiro, que nos abençoou em Cristo com toda sorte de bênçãos espirituais.

BENÇÃO ESPIRITUAL

Quando Paulo fala em “bênção espiritual”, ele não está se referindo a prosperidade, saúde ou bens terrenos, perceba que ele também fala “nas regiões celestiais”, ou seja, está relacionada às realidades concedidas pelo Espírito Santo, que são eternas e ligadas à nossa comunhão com Deus.

Nos versículos seguintes de Efésios 1, ele descreve algumas dessas bênçãos:

  • Eleição e predestinação: fomos escolhidos em Cristo antes da fundação do mundo (Efésios 1:4-5).
  • Redenção e perdão: recebemos a salvação por meio do sangue de Cristo (Efésios 1:7).
  • Revelação da vontade de Deus: conhecemos o mistério do Seu plano divino (Efésios 1:9).
  • Herança eterna: temos direito à herança em Cristo (Efésios 1:11).
  • O Espírito Santo como selo: garantia de que pertencemos a Deus e de que nossa salvação está segura (Efésios 1:13-14).

Paulo ensina que “bênção espiritual” são todos os benefícios que Deus concede em Cristo, pelo Espírito Santo, e que dizem respeito à nossa salvação, santificação e herança eterna, muito além de bênçãos materiais. Para receber essas bênçãos, é necessário estar unido a Cristo, pois elas só são possíveis nele. Fora dEle não há salvação nem vida espiritual (João 14:6; Atos 4:12). Estar “em Cristo” significa estar ligado a Ele pela fé, participando de Sua vida, morte e ressurreição (Romanos 6:3-5).

Assim, Paulo mostra que o cristão não depende de circunstâncias terrenas para se considerar abençoado, porque em Cristo já possui tudo o que é essencial para a vida espiritual e para a eternidade (2 Pedro 1:3). Além disso, essas bênçãos não podem ser corrompidas pelo tempo, pelas circunstâncias ou pelo mundo, pois são preservadas por Deus como herança incorruptível (1 Pedro 1:3-4).

 

4  assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor

Essa é a primeira bênção espiritual que Paulo menciona: a eleição. Fomos escolhidos em Cristo antes da fundação do mundo, de modo que ninguém possa dizer que essa escolha se baseou em algo que faríamos ou deixaríamos de fazer (Romanos 9:11-12).

O propósito da eleição é que sejamos santos e irrepreensíveis. Isso significa que fomos escolhidos para viver em santidade, e não para usar a predestinação como desculpa para a negligência espiritual ou para alegar que, por já termos sido escolhidos, não precisamos nos preocupar com a vida cristã (1 Pedro 1:15-16). A verdadeira segurança da eleição está no fruto da santidade.

Não somos perfeitos, mas, em meio a um mundo caído, somos chamados a ser diferentes, retos e obedientes a Deus (Filipenses 2:15; Colossenses 1:22). Ele nos escolheu para sermos santos, e é esse testemunho que confirma em nós a certeza da predestinação (2 Pedro 1:10).

 

5  nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade,

A segunda bênção espiritual que Paulo apresenta é a predestinação. Muitos podem pensar que há injustiça em Deus ao escolher alguns e não outros, mas a Escritura nos mostra que a eleição e a predestinação são atos de misericórdia, e não de injustiça. Afinal, todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus (Romanos 3:23), e, portanto, todos merecem a condenação. Porém, Deus, em Seu amor, escolheu para Si um povo para ser santo e irrepreensível (Romanos 9:14-16).

A eleição (Efésios 1:4) é o ato de escolher, e a predestinação é a garantia de que aqueles escolhidos alcançarão o chamado de Deus. É um ato de amor, não de arbitrariedade. Ele poderia condenar toda a humanidade, mas, em vez disso, decidiu salvar, por graça, um povo exclusivo para Si (1 Pedro 2:9).

Paulo também destaca que fomos predestinados para a adoção de filhos. Ninguém nasce filho de Deus; pelo contrário, nascemos como filhos da desobediência e filhos da ira (Efésios 2:2-3). Mas, por meio de Jesus Cristo, recebemos o privilégio da adoção e podemos ser chamados filhos de Deus (João 1:12-13; Gálatas 4:4-5; Romanos 8:15-17).

Tudo isso acontece “segundo o beneplácito de Sua vontade”, isto é, porque Deus quis. Ele é soberano e plenamente livre em Suas decisões (Daniel 4:35; Salmos 115:3). Contudo, não devemos ter receio disso, pois a natureza de Deus é santa, justa e misericordiosa (Salmos 145:17; Tiago 1:17). Ele jamais agirá por tirania ou injustiça, mas sempre de acordo com o Seu caráter perfeito e amoroso.

 

6  para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado, 7  no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça,

Paulo continua mostrando as bênçãos espirituais em Cristo e destaca agora a graça. Essa graça é gratuita, abundante e imerecida (Romanos 3:24; Tito 3:5-7). Tudo o que Deus fez, desde a eleição até a redenção, tem um propósito: “para louvor da glória de Sua graça”. Isso significa que a salvação não tem como objetivo central exaltar o homem, mas glorificar a Deus. A graça recebida nos leva a engrandecer a Deus, reconhecendo que tudo vem d’Ele, é realizado por Ele e existe para Ele (Romanos 11:36; 1 Coríntios 1:29-31).

Aqui, Paulo “muda a câmera” da contemplação do Pai para o Filho. Ele O chama de o Amado, pois Jesus ocupa um lugar especial no coração do Pai (Mateus 3:17; João 17:24). É por meio d’Ele que o plano divino é executado.

Porém, havia um problema: embora escolhidos e predestinados, ainda estávamos em pecado. Como poderíamos ser recebidos como filhos de Deus? A resposta está em Cristo: nele temos a redenção. A redenção significa libertação mediante pagamento de preço, e esse preço foi o sangue de Jesus (1 Pedro 1:18-19; Hebreus 9:12,22).

Através de Seu sangue, experimentamos a remissão dos pecados, isto é, o perdão completo, o cancelamento da dívida que nos separava de Deus (Colossenses 2:13-14). Esse perdão só é possível porque Aquele que é 100% Deus se fez 100% homem (João 1:14; Filipenses 2:6-8), derramando Seu sangue na cruz para nos purificar (1 João 1:7).

Tudo isso é resultado da imensurável riqueza da graça de Deus, que age de forma abundante, misericordiosa e gratuita sobre nós (Efésios 2:7-9). Assim, não há espaço para vanglória humana, mas apenas para reconhecer e proclamar o louvor da glória da Sua graça.

 

8  que Deus derramou abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e prudência, 9  desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo,

De fato, o apóstolo Paulo deixa claro que o “mistério” outrora oculto foi plenamente revelado em Cristo. Ele escreve que Deus “nos desvendou o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (Ef 1:9). Esse mistério consiste em “fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra” (Ef 1:10).

Em outras palavras, tudo o que estava encoberto nas antigas alianças, nas profecias e nas sombras da Lei, agora foi revelado em Cristo. O plano eterno de Deus era reunir todas as coisas sob o governo e a autoridade de Seu Filho. Assim, não há mais um mistério oculto a ser revelado: Cristo é a plena revelação de Deus aos homens.

Paulo reforça essa verdade em outras cartas: “o mistério que esteve oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia, se manifestou aos seus santos, aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória” (Cl 1:26-27).

Desse modo, o mistério da vontade de Deus foi revelado não apenas como um conhecimento intelectual, mas como uma realidade espiritual que une judeus e gentios em um só corpo (Ef 3:6), mostrando que todas as promessas e propósitos divinos convergem em Cristo (2Co 1:20).

 

10  de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu, como as da terra;

O versículo 10 mostra o propósito supremo do plano divino: fazer convergir em Cristo todas as coisas, tanto as do céu como as da terra. Isso significa que toda a criação, espiritual e material, será reunida e harmonizada sob o governo de Cristo, que é o centro e o alvo de toda a obra de Deus.

Paulo chama esse tempo de “a dispensação da plenitude dos tempos”, ou seja, o momento determinado por Deus em que Seu plano de redenção se cumpre plenamente em Cristo (Gl 4:4). Tudo o que foi fragmentado pelo pecado será restaurado, e Cristo reinará sobre todas as coisas (Fp 2:9-11).

O objetivo final de tudo isso é “para louvor da sua glória” (Ef 1:12). Toda a criação existe para refletir a majestade e a perfeição de Deus. O homem, como parte da criação, encontra seu verdadeiro sentido e propósito quando vive para glorificar o Criador. Assim, o fim último da história não é o homem, mas Deus, que será exaltado em tudo o que criou e redimiu por meio de Cristo.

 

11  nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade,

Deus predestinou todas as coisas de acordo com a sua própria vontade. Ou seja, se a pergunta for: “Por que é assim?” ou “Por que tem que ser assim?”, a resposta é: por causa da vontade de Deus. Ele é o único ser verdadeiramente livre; toma as decisões conforme o que lhe apraz, de acordo com o que Ele considera bom ou não. Ninguém é capaz de aconselhá-lo, pois Ele está acima de tudo e de todos (Romanos 11:34; Isaías 40:13).

Somos predestinados segundo o conselho da Sua vontade. Quando Deus realiza algo, Ele não consulta anjos, nem homens, consulta apenas a Sua própria vontade. E isso não torna Deus tirano ou injusto; pelo contrário: Sua natureza é boa, santa e justa; logo, Sua vontade também é boa, santa, justa, verdadeira e repleta de amor e misericórdia (Salmos 145:17; Deuteronômio 32:4).

Resumindo todo o plano da salvação de forma simples e didática, poderíamos imaginar algo assim:
Deus dizendo ao Filho — “Quero um povo para o meu nome, para louvor e glória, santo e irrepreensível.”
Mas esse povo é pecador. Então Jesus responde: “Eu irei resgatar esse povo para Ti com o meu sangue.”
E o Pai, por sua vez, declara: “Em troca, Eu te darei esse povo como herança.” (
João 6:37-39; João 17:6, 9, 24; Tito 2:14).

Assim, somos a herança de Jesus Cristo. Mesmo que, humanamente, não “valêssemos nada”, Deus não pensou assim. Ele nos escolheu e nos fez herança para o Seu Filho (Efésios 1:18; Colossenses 1:12).

O salário, ou a recompensa, pelo Calvário que Cristo passou, a recompensa pela Sua morte, e morte de cruz, a recompensa pela Sua humilhação e sofrimento, é: eu e você.
Isso mesmo, a recompensa por tudo o que Ele fez é eu e você (
Filipenses 2:8-9; Isaías 53:11; Hebreus 12:2).

Por isso, nos cabe ainda mais viver de modo digno dessa chamada, apresentando-nos a Ele santos e irrepreensíveis no dia em que Deus colocará todas as coisas debaixo do domínio de Seu Filho Jesus (Efésios 1:10, 22; Colossenses 1:22).

 

12  a fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo; 13  em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa;

Tudo isso é para sermos o louvor da sua glória.
Os que de antemão esperavam em Cristo eram, como Paulo, os judeus, que aguardavam o Messias prometido nas Escrituras. Eles esperavam o cumprimento das promessas de Deus, e agora, em Cristo, essa promessa se cumpre não apenas para eles, mas também para os gentios, que igualmente ouviram a palavra da verdade, isto é, o evangelho da salvação, e, crendo, foram selados com o Espírito Santo da promessa (
Romanos 1:16; Gálatas 3:14; Atos 10:45).

Aqui o apóstolo começa a destacar a atuação da terceira pessoa da Trindade: o Espírito Santo.
Mas como é possível que, mesmo dois mil anos após o sacrifício de Cristo, ainda sejamos tocados e salvos pela graça de Deus? A resposta é simples: Graças ao agir do Espírito Santo por meio da pregação do evangelho (
Romanos 10:14-17).

Deus não apenas escolheu e predestinou, Ele também determinou os meios pelos quais os eleitos seriam alcançados. O Espírito Santo atua mediante a pregação da Palavra, chamando o povo de Deus, regenerando os corações e selando-os com a promessa divina (João 16:8-13; Tito 3:5).

O Espírito é chamado de “Espírito da promessa” porque já havia sido prometido no Antigo Testamento, conforme as palavras dos profetas Isaías, Ezequiel e Joel:

“Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos” (Ezequiel 36:27);

“O Espírito do Senhor repousará sobre Ele” (Isaías 11:2);

“Derramarei o meu Espírito sobre toda a carne” (Joel 2:28).

O Espírito Santo sela o nosso coração. É como se, após crermos em Cristo, essa fé fosse impressa dentro de nós de forma definitiva, um selo que não pode ser rompido. Esse selo é a marca que confirma a nossa pertença a Deus (2 Coríntios 1:22; Efésios 4:30).

Há um texto que diz: “Se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mateus 24:24). Isso mostra que o selo do Espírito Santo impede que os verdadeiros filhos de Deus sejam enganados. O crente genuíno pode até ser confundido por um momento, mas o Espírito que nele habita o conduz à verdade. Ele desconfia, examina as Escrituras e permanece firme na verdade (João 16:13; 1 João 2:27).

Diante disso, como continuar acreditando que podemos perder a salvação?

Paulo afirma que fomos escolhidos, predestinados e selados, tudo pela soberania e poder de Deus, e tudo segundo a Sua vontade (Efésios 1:4-5; Romanos 8:29-30).

Se a salvação não depende de mérito humano, mas é obra completa de Deus, como poderia ser perdida?

Como o próprio apóstolo declara:

“Porque estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem poderes, nem coisas do presente, nem do porvir, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 8:38-39).

Nada pode nos separar do amor de Deus, porque aquele que começou boa obra em nós há de completá-la até o dia de Cristo Jesus (Filipenses 1:6).

 

14  o qual é o penhor da nossa herança, ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória.

O apóstolo Paulo nos ensina que o Espírito Santo é o penhor da nossa herança. A palavra “penhor” significa garantia.

Por exemplo: quando alguém está sem dinheiro, mas possui um bem valioso, como um relógio, pode penhorá-lo como garantia de que cumprirá o compromisso assumido. Assim também, o Espírito Santo é a garantia de Deus de que Ele cumprirá tudo o que prometeu aos seus filhos (2 Coríntios 1:22; 2 Coríntios 5:5).

O Espírito Santo é o sinal visível e presente de que Deus já iniciou a obra da salvação em nós e de que a levará até o fim (Filipenses 1:6; Romanos 8:30). Enquanto vivemos neste mundo, já podemos experimentar a presença do Espírito Santo quando sentimos a comunhão entre os santos, a santidade, a alegria e o amor que vêm de Deus (Romanos 14:17; Gálatas 5:22-23). Mas tudo isso é apenas o penhor, uma amostra do que ainda virá. O melhor ainda está por vir, quando Cristo vier nos resgatar completamente e consumar a nossa redenção (Romanos 8:23; 1 Tessalonicenses 4:16-17; Apocalipse 21:3-4).

Concluindo, não pense que doutrinas como eleição, predestinação e perseverança dos santos são invenções humanas ou ideias modernas. Como vimos ao longo deste estudo, elas são doutrinas bíblicas, reveladas nas próprias Escrituras (Efésios 1:4-5,11; Romanos 8:29-30; João 6:37-39).

É verdade que muitos reconhecem que esses ensinos estão na Bíblia, mas admitem não compreendê-los plenamente, e isso é normal. A salvação não depende de compreender todos os mistérios da eleição, mas sim de crer de coração em Jesus Cristo como Senhor e Salvador (Romanos 10:9-10).

Nosso papel é orar e buscar entendimento em Deus, para que possamos defender a verdade contra aqueles que colocam o homem como o centro da salvação, como se tudo dependesse da vontade humana, quando, na realidade, tudo depende do Deus soberano (João 1:12-13; Romanos 9:15-16).

E longe de ser uma doutrina desanimadora, essa é uma mensagem de esperança e confiança. Quando missionários deixam suas casas e viajam para os lugares mais remotos, como o interior da selva amazônica, fazem isso com a convicção de que há ali um povo eleito, predestinado por Deus, que será alcançado pelo meio estabelecido por Ele: a pregação do evangelho (Marcos 16:15; Romanos 10:14-15).

Aqueles que crerem nesse evangelho serão selados pelo Espírito Santo da promessa, que é a garantia da sua salvação, até o dia em que o Senhor Jesus vier em glória para buscar todos aqueles que o Pai lhe deu (João 17:6, 9, 24; Efésios 4:30).

Tudo isso acontece para o louvor da Sua glória, pois a salvação, do início ao fim, pertence unicamente a Deus (Jonas 2:9; Apocalipse 7:10).

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Céu e inferno: realidade eterna

  • Enganos comuns sobre o céu e o inferno.
  • O destino final do diabo, da besta e do falso profeta (Ap 20:10).

“Aí o Diabo, que os havia enganado, foi jogado no lago de fogo e enxofre, onde o monstro e o falso profeta já haviam sido lançados. E lá eles serão atormentados para todo o sempre, de dia e de noite.” (Apocalipse 20:10 NTLH)

Tem muita gente achando que o céu é um lugar tedioso, pacato demais, e que o inferno é um lugar movimentado e divertido. Eu mesmo já ouvi de alguém que preferia ir ao inferno, pois lá poderia continuar a praticar as mesmas coisas que pratica aqui na terra, pois no céu, essa prática não seria possível.

Essa é uma das maiores mentiras que o inimigo planta no coração das pessoas. A Bíblia nunca descreve o inferno como lugar de festa, mas sim de tormento, dor e separação eterna de Deus. Jesus o chama de “trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes” (Mateus 8:12; 22:13; 25:30). É um lugar de vergonha eterna (Daniel 12:2) e de sofrimento consciente, como exemplificado na parábola do rico e Lázaro (Lucas 16:23-24).

Em contrapartida, o céu não é um lugar entediante, mas sim de plenitude na presença de Deus. O apóstolo Paulo declara que “nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1 Coríntios 2:9). Ali, não haverá mais morte, dor ou sofrimento, pois “Deus enxugará dos olhos toda lágrima” (Apocalipse 21:4).

Portanto, pensar que o inferno será um lugar de continuação da vida pecaminosa é cair na mesma mentira antiga que o diabo usou no Éden: “é certo que não morrereis” (Gênesis 3:4). Mas a Palavra deixa claro: o inferno é um lugar de tormento eterno (Marcos 9:43-48), e o céu é o lugar da verdadeira vida abundante e eterna (João 10:10; João 14:2-3).

2. O destino eterno da humanidade

  • Vida eterna com Deus para os vencedores (Ap 21:7).
  • O lago de fogo como segunda morte para os ímpios (Ap 21:8).

ISSO É MUITO SÉRIO, a curta passagem que temos nessa terra não se compara a ETERNIDADE que teremos, ou na presença de Deus, ou junto com o diabo, seus anjos e outras pessoas que não estavam escritas no livro da vida:

“Aqueles que conseguirem a vitória receberão de mim este presente: eu serei o Deus deles, e eles serão meus filhos. Mas os covardes, os traidores, os que cometem pecados nojentos, os assassinos, os imorais, os que praticam a feitiçaria, os que adoram ídolos e todos os mentirosos, o lugar dessas pessoas é o lago onde queima o fogo e o enxofre, que é a segunda morte.” (Apocalipse 21:7-8 NTLH)

A Bíblia apresenta de forma clara dois destinos possíveis para a humanidade:

  • A vida eterna com Deus: uma promessa para os vencedores, isto é, aqueles que perseveram na fé em Cristo até o fim (Mateus 24:13). Ser filho de Deus é a maior herança, pois significa viver para sempre em Sua presença, desfrutando da comunhão plena e da glória eterna (Romanos 8:17; João 14:2-3).
  • A segunda morte: destino daqueles que rejeitam a Cristo e permanecem em seus pecados. Essa segunda morte não é o fim da existência, mas uma condenação eterna, separação definitiva de Deus, no lago de fogo (Apocalipse 20:14-15).

Jesus falou do mesmo contraste quando disse: “os que tiverem feito o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo” (João 5:29). Paulo também reforça: “o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus” (Romanos 6:23).

A grande advertência é que essa escolha é feita aqui e agora. Não existe uma segunda chance após a morte, pois “aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o juízo” (Hebreus 9:27).

Portanto, enquanto muitos vivem como se a vida fosse apenas esse breve tempo terreno, a Palavra nos lembra que o verdadeiro peso da existência está na eternidade, ou na presença gloriosa de Deus, ou no tormento da segunda morte.

3. O tempo presente: oportunidade de graça

  • Buscar a Deus enquanto há tempo (Is 55:6).
  • A paciência de Deus e o perigo de desprezar sua bondade (Rm 2:5).
  • A comparação com o castigo frequente de Israel no passado.

Não percam tempo, busque a Deus enquanto ainda pode-se buscar (Is 55:6), aproveitem a graça que Ele derramou sobre todos por meio de Cristo, aproveitem a bondade dEle enquanto não chega o dia de sua grande ira (Rm 2:5).

Vivemos em uma era tranquila, sim tranquila, pois uma rápida leitura dos acontecimentos históricos do povo de Deus (Israel), vemos que os mesmos eram frequentemente castigados pelos seus pecados. Hoje, vemos o mundo pecando abertamente e sem vergonha alguma por suas práticas nojentas, assistimos pessoas blasfemando contra Deus e contra o seu espírito, vemos uma inversão total de valores, onde o certo virou errado e o errado é aplaudido pelo mundo.

O profeta Isaías já advertia: “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto” (Isaías 55:6). Esse convite mostra que existe um limite para a oportunidade da graça. Deus é paciente, mas não para sempre permitirá que o pecado siga impune (Naum 1:3).

O apóstolo Paulo também nos alerta a não confundirmos a paciência de Deus com aprovação do pecado: “menosprezas a riqueza da sua bondade, tolerância e paciência, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento? Mas, por causa da tua dureza... estás entesourando ira para ti no dia da ira” (Romanos 2:4-5).

A história de Israel é um testemunho dessa verdade. Sempre que o povo endurecia o coração, caía em idolatria ou desprezava a lei, vinha o castigo: invasões estrangeiras, derrotas em batalha, exílios. O livro de Juízes mostra esse ciclo de pecado, opressão e arrependimento repetidas vezes (Juízes 2:11-15).

Hoje, vivemos dias semelhantes, em que a sociedade normaliza e até celebra o pecado (Isaías 5:20: “Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem mal”). Mas isso não significa que o juízo não virá. Antes, estamos no tempo de graça em Cristo (Tito 2:11), e cada um deve responder a esse chamado antes que venha o dia da grande ira do Senhor (Apocalipse 6:17).

Assim, o tempo presente não é para descuido, mas para arrependimento e entrega total a Deus.

4. Deus é amor, mas também é justiça

  • O sacrifício de Jesus como demonstração suprema do amor de Deus.
  • O contraste: herança eterna x condenação eterna.
  • A falsa confiança em um “amor sem justiça”.

Não se engane: não pense que os erros permanecerão impunes apenas porque “Deus é amor”. É verdade, Ele é amor, e a maior demonstração desse amor foi entregar Seu Filho para pagar nossa dívida na cruz (João 3:16; Romanos 5:8).

Mas o mesmo Deus de amor também é justo e santo, e jamais tolerará o pecado (Habacuque 1:13; 1 João 1:5). Aqueles que têm seus pecados perdoados pelo sangue de Jesus Cristo receberão a herança eterna do reino de Deus (Efésios 1:7; Apocalipse 21:7). Porém, aqueles que rejeitam Cristo permanecem carregando os seus pecados e não terão salvação no dia do juízo (Hebreus 10:26-27; Apocalipse 20:12-15).

Essas pessoas serão julgadas por toda forma de pecado: blasfêmia, mentira, indecência e qualquer desobediência a Deus (Romanos 1:18-32; Apocalipse 21:8). Portanto, o amor de Deus não é contrário à justiça; ao contrário, Ele oferece perdão mediante arrependimento e fé em Jesus, mas não aceita a persistência no pecado.

5. A autoridade da Bíblia em todas as épocas

  • Refutação da ideia de que a Bíblia é ultrapassada.
  • A criatura deve se moldar ao Criador, e não o contrário.
  • A necessidade de arrependimento e submissão à vontade de Deus.

Já ouvi pessoas dizendo que a Bíblia está ultrapassada, que os ensinamentos nela pregados não condizem com a época em que estamos vivendo. Poderia até concordar se tanto a Bíblia quanto Deus fossem algo inventado por nós, seres humanos, e, nesse caso, poderíamos moldá-los conforme nossas necessidades.

Mas a verdade é que nós somos a criação, não o Criador (Gênesis 1:27; Salmos 100:3). Nós saímos do padrão que Deus estabeleceu para a vida, e é a sociedade humana que precisa se ajustar à Sua vontade. Não é Deus que precisa aceitar ou se moldar às práticas pecaminosas do homem (Isaías 55:8-9).

A Palavra de Deus é eterna e imutável (Mateus 24:35; 1 Pedro 1:25). Ela não muda com as tendências ou opiniões humanas. Quando ignoramos ou distorcemos a Bíblia, estamos tentando colocar a criatura acima do Criador, uma atitude que sempre gerou juízo na história de Israel (Juízes 2:11-14).

Portanto, é fundamental reconhecer a autoridade da Bíblia em todas as épocas e permitir que ela molde nossa vida. Precisamos nos arrepender, obedecer e nos submeter à vontade de Deus, porque só assim podemos alinhar nossos caminhos com o que é eterno e verdadeiro (Salmos 119:105; Tiago 1:22).

6. A Palavra de Deus como luz e guia

  • A Bíblia expõe o pecado e revela a santidade de Deus (Sl 119:105).
  • O incômodo do homem pecador diante da luz da Palavra.

Quando vivemos nas trevas, não conseguimos enxergar nada. Mas basta apenas um “pingo” de luz para revelar nossos erros. Da mesma forma, a Palavra de Deus é a luz que ilumina nosso caminho e expõe a realidade do nosso coração (Salmos 119:105).

É por isso que muitos preferem negar a Bíblia ou afirmar que certas partes não foram inspiradas por Deus, porque ela revela o pecado, mostra nossas falhas e denuncia a condição caída da humanidade (Hebreus 4:12-13; Romanos 3:23). A Palavra não apenas nos corrige, mas também nos confronta, revelando o quanto somos dependentes da misericórdia do Senhor.

Jesus declarou: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida” (João 8:12). Essa luz que vem de Cristo se manifesta por meio da Palavra, guiando nossos passos e nos chamando ao arrependimento (2 Timóteo 3:16-17).

A santidade de Deus é como uma luz pura que expõe tudo o que está oculto. Quando nos aproximamos da Escritura, vemos não apenas quem Deus é, mas também quem realmente somos (Tiago 1:23-25). Isso pode causar incômodo ao coração endurecido, porque a luz sempre incomoda aqueles que preferem viver nas trevas (João 3:19-20).

Por isso, precisamos amar a Palavra, deixar que ela seja a nossa bússola e confiar que ela é suficiente para nos conduzir em toda a verdade (João 17:17). Somente assim podemos trilhar o caminho que leva à vida eterna.

7. Jesus Cristo: a única salvação

  • Sua encarnação, morte e ressurreição.
  • A ascensão e a promessa de preparar lugar para os salvos.
  • O convite a recebê-lo como único e suficiente Salvador.

Quem se dispõe a estudar as Escrituras encontra nelas não apenas a revelação do pecado, mas também a única esperança de salvação: Jesus Cristo. Ele, que há quase dois mil anos deixou o Seu trono de glória e veio habitar entre nós (João 1:14; Filipenses 2:6-8), morreu na cruz para pagar o preço dos nossos pecados (Isaías 53:4-6; 1 Pedro 2:24).

Ao terceiro dia, ressuscitou, vencendo a morte e trazendo vida eterna àqueles que creem (1 Coríntios 15:3-4, 20-22). Depois, ascendeu ao céu e prometeu preparar lugar para os que são Seus:
“Na casa de meu Pai há muitas moradas… vou preparar-vos lugar” (João 14:2-3).

Por isso, somente aqueles que o recebem como único e suficiente Salvador terão a eternidade ao lado de Deus (Atos 4:12; Romanos 10:9-10).

Jesus não é apenas uma opção entre tantas religiões, mas a única ponte entre Deus e os homens:

“Porque há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1 Timóteo 2:5). Sua encarnação revela o amor de Deus, Sua morte demonstra a justiça divina e Sua ressurreição confirma a vitória final sobre o pecado e a morte.

Negar essa verdade é permanecer em trevas e debaixo da condenação, mas recebê-lo é passar da morte para a vida (João 5:24). Portanto, a decisão mais importante de qualquer ser humano é aceitar Jesus Cristo como Senhor e Salvador, pois dEle depende o destino eterno de cada pessoa.

8. Conclusão

  • Céu e inferno não são metáforas, mas realidades eternas (Mateus 25:46; Apocalipse 21:1-8).
  • Somente Jesus pode nos dar acesso ao Céu (João 14:6; Atos 4:12)

Diante de tudo isso, percebemos que céu e inferno não são símbolos ou metáforas, mas realidades eternas reveladas pela Palavra de Deus. O inferno não é lugar de festa, mas de sofrimento eterno, reservado ao diabo, seus anjos e todos os que rejeitam a Cristo (Mateus 25:41; Apocalipse 20:10). Já o céu é a herança dos salvos, o lugar da comunhão perfeita com Deus, onde não haverá mais dor nem lágrimas (Apocalipse 21:4).

A verdade é que ninguém pode escapar dessa escolha: todos os homens caminham para um desses dois destinos. E a diferença não está em boas obras ou religião, mas em aceitar ou rejeitar a Jesus Cristo, o único que pode salvar (João 14:6; Atos 4:12).

Por isso, não se deixe enganar pelas mentiras do inimigo. A eternidade é real e será vivida ou na presença gloriosa de Deus, ou na separação eterna dEle. A pergunta que cada um deve responder é: para onde estou caminhando?

“Entrai pela porta estreita... larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela. Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela” (Mateus 7:13-14).

Aplicações práticas

1.    Viva com a eternidade em mente (Mateus 6:19-21).

2.    Não ignore a realidade do juízo (Mateus 10:28).

3.    Apegue-se a Cristo como única esperança (João 14:6).

4.    Compartilhe o evangelho com os perdidos (Romanos 10:14-15).